sábado, 6 de junho de 2009

ABUSO SEXUAL INFANTIL

Sabe-se que os casos de abuso sexual infantil, esta cada vez mais comum hoje em dia, todo dia aparece novos casos, desta “barbaridade” que estão fazendo com as crianças e adolescentes de toda parte do mundo.

Faz-se a seguinte pergunta: como fica o emocional de uma criança após essa violência sexual? Sem dúvidas nenhuma o emocional fica abalado, e não é de hoje que essas vivências vêm ocorrendo, durante muitos e muito anos isso acontecesse na vida de uma inocente criança, seja menino ou menina de qualquer classe social, não só nas classes menos favorecidas, como em muitos casos tem se dado ênfase.

Porém é muito importante, fazer um acompanhamento técnico dessa criança abusada sexualmente, pois, as conseqüências psicológicas, se não forem trabalhados com total apoio, seja da família ou dos profissionais, podem trazer sérios problemas na vida de uma criança ou adolescente.

No primeiro momento, um breve conceito de família, para que o assunto aqui abordado seja objetivo e que cada etapa fique bem claro.

O que é família?

A tendência a naturalização da família, tanto no nível do senso comum como da própria reflexão científica, que leva á identificação do grupo conjugal como forma básica e elementar de toda a família e á percepção do parentesco e da divisão de papéis como fenômenos naturais,criou durante muito tempo, obstáculos de difícil transposição para sua análise. Por esse motivo, o primeiro passo para se estudar a família deveria ser o de “dissolver sua aparência de naturalidade”, percebendo-a como criação humana mutável e observando que as relações muitas vezes coincidentes que conhecemos atualmente entre grupo conjugal, rede de parentesco, unidade doméstica/residencial podem se apresentar como instituições bastante diferenciadas em outras sociedades ou em diferentes momento históricos.

Sabe-se que a família é muito importante na vida de uma pessoa, principalmente na vida de uma criança, pois, é nela que esta toda a base do processo de desenvolvimento de cada um seja, cognitivo, intelectual ou afetivo. Por isso é essencial que haja uma estrutura na família, por que havendo união os vínculos afetivos contribuem bastante para encontrar soluções para obstáculos, que certamente irão aparecer.

Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.


Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.

A Criança Abusada

Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.

A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más.

Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.

Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.

A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.

Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.

O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:

* Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;

* Problemas com o sono ou pesadelos;

* Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;

* Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;

* Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;

* Negar-se a ir à escola,

* Rebeldia e Delinqüência;

* Agressividade excessiva;

* Comportamento suicida;

* Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;

* Retirar-se ou não querer participar de esportes;

* Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus genitais;

* Temor irracional diante do exame físico;

* Mudanças súbitas de conduta.

Como fica o comportamento da criança na escola?

Para ínicio, a criança nega-se a ir para a escola, questão então que propicia a dificuldade de aprendizagem da criança, partindo dos fatos em que a criança evita contato com outras crianças, afetando então até sua relação social, inibindo a criança a desenvolver suas habilidades e competências,

A escola não interfere apenas na transmissão do saber científico, culturalmente organizado, mais influi na socialização e individualização da criança desenvolvendo as relações afetivas, a habilidade para participar nas situações sociais ( brincadeiras, trabalho em grupo, etc.) as destrezas de comunicação, o papel sexual, as condutas pré-sociais e a própria identidade pessoal( autoconceito, autoestima, autonomia). Quanto á identidade pessoal, a criança, quando entra na escola, traz um grupo de experiências prévias que permitem ter um conceito de si mesma a ser reafirmado ou não pelo conceito que os demais terão dela, e isso significa uma ampliação de seu mundo de relações.

Vale ressaltar que nas situações em que aparece integrantes da família o “abusador”, descarta a possibilidade de fazer um trabalho de equipe, mas fora isso, o trabalho de equipe não deve ser descartado em situações em que a criança necessita do apoio tanto da família quanto da escola , fazendo um profundo no psicológico da criança.

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