sexta-feira, 5 de junho de 2009

Educação Física inclusiva versus Educação Física exclusiva - um relato de experiência

Revista virtual EFArtigos - Natal/RN - volume 03 - número 22 - março - 2006



Flávia Fabiane *
Aline Miranda Strapasson **

Resumo
Esta pesquisa buscou verificar como foi o ensino da Educação Física Escolar de uma menina com deficiência física. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada, com questões abertas. As categorias para a entrevista semi-estruturada foram: os conteúdos, as metodologias, os espaços e a avaliação nas aulas de Educação Física Escolar. Enfim, para responder a questão norteadora deste estudo: "como se dá o processo de inclusão/exclusão em aulas de Educação Física escolar, a partir da perspectiva de pessoas portadoras de deficiência?", chegamos a conclusão que Cauane (nome fictício, sujeito desta pesquisa) foi excluída, a maioria das vezes, das aulas de Educação Física, devido a falta de adaptação dos conteúdos ministrados pelos professores; por causa das metodologias escolhidas pelos professores e por causa do espaço onde eram realizadas as aulas. Também notamos, através do relato, falta de incentivo e vontade dos professores em incluir e integrar a garota, talvez por desconhecimento, receio, medo ou até mesmo preconceito. Sobre a inclusão nas aulas de Educação Física, percebemos que a vontade do aluno somado aos esforços dos professores e a aceitação dos colegas, como aconteceu algumas vezes nesse processo, são de extrema importância para que este fenômeno seja efetivado com sucesso.
Palavras chave: educação física adaptada; educação física inclusiva; deficiência física.

1. Introdução

Neste trabalho pretende-se lançar o olhar sobre a complexidade que envolve a Educação Física Escolar, mais especificamente ao processo de exclusão que se verifica no momento em que pessoas portadoras de deficiência tomam parte nestas aulas.
Se estará partindo do relato de história oral de vida de uma pessoa portadora de deficiência, mais especificamente má formação congênita dos membros superiores e amputação congênita dos membros inferiores, desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio, ou seja, toda a trajetória de sua escolarização, nas aulas de Educação Física, evidenciando as maiores dificuldades decorrentes dos problemas físicos que apresenta e que conferiram à sua prática uma situação peculiar.
Estar-se-á buscando responder à seguinte questão de pesquisa: Como se dá o processo de inclusão/exclusão, em aulas de Educação Física Escolar, a partir da perspectiva de pessoas portadoras de deficiência.
Para a realização deste trabalho optou-se, como caminho metodológico, por uma busca de maior compreensão de alguns aspectos que contribuem para a complexidade do tema, ou seja, a deficiência física, mais especificamente as má formações e as amputações congênitas e os limites e possibilidades decorrentes das mesmas; a Educação Física Escolar, no que se refere às tematizações que caracterizam este componente curricular, procurando relacioná-los com os limites e possibilidades apresentados pela pessoa com má formação congênita; por fim, se estará discutindo a questão da inclusão/exclusão que se verifica neste contexto, procurando identificar elementos explicativos deste fenômeno.
Optou-se, por se tratar de um tema de profundo interesse das pesquisadoras, por compreender este tema a partir do relato da história oral de vida de uma pessoa portadora de deficiência, em torno de situações de inclusão/exclusão verificadas nas aulas de Educação Física.
O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista semi-estruturada, com questões abertas, que permitiram a liberdade do sujeito relatar aspectos específicos relacionados ao tema. Em decorrência disto, foi possibilitado à pesquisadora, interferir no sentido de encaminhar o discurso na direção de possíveis respostas à questão de pesquisa deste trabalho.
Como pano de fundo dessa pesquisa, temos o esquema que enfatiza a pessoa portadora de deficiência, a Educação Física Escolar e a inclusão/exclusão.

2. Conceituação e terminologia da deficiência

A Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, aprovada pela Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em 9 de dezembro de 1975 (PEDRINELLI, 1994), especifica, em seu artigo 1º que o termo "pessoa deficiente" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar a si mesma, total ou parcialmente, o suprimento das necessidades que caracterizam uma vida individual ou social, em decorrência das limitações em suas capacidades físicas ou mentais.
Esta incapacidade se faz notar, por exemplo, e este será o nosso foco de estudo, nas aulas de Educação Física Escolar, que demanda adaptações relativas aos conteúdos, procedimentos, espaços e tempos, para possibilitar o atendimento a estas necessidades e conseqüente a inclusão da pessoa portadora de deficiência, no contexto das aulas.
Conforme Brasil (1992 apud SOUZA, 1994), "pessoa portadora de deficiência" é o termo mais usado e foi adotado pela ONU caracterizando que a deficiência está na pessoa, mas não é a pessoa. Para Werner (1994), "pessoas portadoras de deficiência" são seres humanos que possuem potencialidades, limitações e diferenças que os constroem como um ser ímpar.
Assim, ao ser considerada a aula de Educação Física, deve-se partir do entendimento primeiro de que todos os que dela participam são seres humanos, diferentes entre si, cada um com limites e possibilidades, que conferem a cada um a sua individualidade e que estas diferenças não são a pessoa, mas estão na pessoa.
Por outro lado, autores como Goffman (1982), Ribas (1993) e Sombra (1983) mostram as contradições geradas por termos como: capacidade e incapacidade, normal e anormal, apto e inapto. (apud CARMO; SILVA, 1995). Mas, para este autor não é a forma de designar a pessoa com esta condição que irá colocá-la em uma melhor situação. É necessário entender que "... os estigmas e as discriminações são mecanismos gerados pela cultura de cada um". (p.12). Nas aulas de Educação Física, a cultura escolar que pode ser verificada em diferentes contextos aponta para o fato de existir um processo quase que sistemático de exclusão, ou auto-exclusão, das pessoas portadoras de deficiência, privilegiando aqueles considerados mais aptos às práticas de movimentos complexos trazidos como conteúdos nestas aulas.
Neste trabalho será adotado o termo "pessoas portadoras de deficiência" para se referir ao sujeito de pesquisa, por entender, com Werner (1994), que este é o termo mais em uso, tendo sido adotado pela ONU, indicando, como já foi dito, que a deficiência "está na" pessoa, mas "não é" a pessoa, e que esta é um ser humano que possui potencialidades, limitações e diferenças.

3. Educação Física escolar

A Educação Física no processo de aprendizagem motora, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (2000), implica na forma em que se planeja, em que se experimenta e em que se avalia; como coordena as ações de movimento do corpo no objeto do tempo e espaço; como interage com as outras pessoas e integra-as na sociedade com objetivo de inclusão e igualdade, com um ensino de aprendizagem qualificada, favorecendo todas as pessoas que dela participam.
A Educação Física é, na maioria das vezes, a única oportunidade de movimentos corporais na Educação Infantil, pois as crianças têm pouca idade para manter-se concentradas nas demais atividades pré-escolares, exceto no horário de intervalo.
As atividades de Educação Física fazem com que as crianças fiquem bastante expostas: nos jogos, brincadeiras, desafios corporais e em diversas outras, umas observam onde as outras crianças possuem dificuldades e habilidades, isso já as tornam capazes de avaliar. Por conta disso, os PCNs (1997), citam que é de extrema importância que se tenha o maior cuidado com as discriminações e estigmatizações que possam ocorrer.
No plano especificamente motor, no primeiro ciclo os conteúdos devem abordar a maior diversidade possível de possibilidades: correr, saltar, arremessar, receber, equilibrar objetos, equilibrar-se, desequilibrar-se, pendurar-se, arrastar, rolar, escalar, quicar bolas, bater e rebater com diversas partes do corpo e com objetos, nas mais diversas ocasiões. (PCNs, 1997).
No segundo ciclo, de acordo com o referencial acima, é de se esperar que os alunos já tenham se acostumado com o dia-a-dia escolar, que sejam mais independentes e com inúmeros conhecimentos. Dentro da Educação Física já tem um bom conhecimento entre todos, desde as regras até a organização nas atividades. Podendo assim, de acordo com os PCNs (1997), aprofundar-se de maneira complexa dos jogos, brincadeiras, esportes, lutas, danças e ginásticas.
Neste ciclo já se percebe que as atividades e as brincadeiras vividas no ciclo anterior somente nas aulas de Educação Física e no intervalo, agora são organizadas e praticadas antes e após o horário das atividades escolares.
Com um maior conhecimento sobre os jogos, bem como as regras, durante um jogo de uma determinada modalidade, o professor pode então, solicitar uma para melhor estratégia de jogo, assim as situações tornam-se mais visíveis para eles. (PCNs, 1997).
Com mais conhecimento e controle do corpo é possível monitorar seu desempenho adequando-se nas dificuldades de certas tarefas. Com isso também, pela percepção do próprio corpo, começam a compreender as relações entre a prática de atividades corporais, o desenvolvimento das capacidades físicas e os benefícios que trazem a saúde. (PCNs, 1997).
Seguindo a ordem acima, as habilidades e capacidades podem receber um tratamento mais específico, como jogos com contextos significativos, sendo possível ainda, solicitar a criação de brincadeiras com o mesmo objetivo. Nesse momento as habilidades corporais serão com desafios mais complexos. Por exemplo, correr e quicar uma bola, saltar e arremessar, saltar e rebater, girar e saltar, equilibrar objetos e correr.
E para aquelas crianças que não conseguem atingir estes estágios de desenvolvimento motor?
Como pudemos perceber, nas aulas de Educação Física a criança fica exposta às diversas propostas de atividades, por isso, não leva muito tempo para que se descubra as habilidades que cada criança tem. Sabendo de suas particularidades o profissional de Educação Física deverá ter maior cuidado com os alunos que apresentam alguma dificuldade, nunca deixando este sem participar de quaisquer atividades. (SAYÃO, 2002).
Estimulando a criança nas suas dificuldades ela poderá superar suas limitações, mas se for deixada de lado poderá bloqueá-la, trazendo problemas na sua formação. Então, os PCNs (1997 e 2000), enfatizam que as atividades devem ser adaptadas, permitindo a participação de todos de acordo com as suas possibilidades.
Cada criança tem a sua individualidade, cabe ao profissional de Educação Física desenvolvê-la e respeitá-la.
Em relação a avaliação, os PCNs (1997) consideram que todo e qualquer aluno deve ser avaliado a partir de sua participação, desempenho, conhecimento, atitudes, desenvolvimento, aptidão física.

4. Inclusão/Exclusão

Para Sassaki (1997), incluir significa preparar-se para receber a pessoa portadora de deficiência na sociedade, ou seja, dar oportunidades iguais na escola, no trabalho, na saúde, no lazer, no esporte, oferecer livre acesso e independência, respeitando as leis e os direitos do ser humano em geral.
Podemos citar alguns exemplos relevantes para a elucidação deste tema, como: 1) professores especializados para atender pessoas portadoras de deficiência auditiva, que saibam se comunicar através da Língua Brasileira de Sinais; 2) materiais para leitura e escrita em Braille; 3) livre acesso as estruturas físicas através de rampas; 4) entre outros.

Já a exclusão, para o autor supramencionado, refere-se a todas as barreiras de caráter físico e atitudinal, que segrega, discrimina e humilha a pessoa portadora de deficiência, dificultando ou impedindo-a de exercer seus direitos e vivenciar sua cidadania com dignidade.
Portanto, a inclusão e a exclusão andam juntas. Em nossa opinião, esta é uma questão de cultura, pois há pessoas que ajudam no processo inclusivo e há outras que fazem questão de excluir as pessoas portadoras de deficiência, como se fosse algo "contagioso".
Na Educação Física e no esporte, este fenômeno não é diferente. Em se tratando de atividade física para pessoas portadoras de deficiência, é preciso conscientizar a sociedade sobre isso, pois através dela, afirma Winnick (2004), essas pessoas podem vencer barreiras com o seu próprio eu e através disso, conquistar grandes feitos. Além do mais, a conscientização social e a prática inclusiva poderá favorecer as pessoas ditas normais, que, para Sassaki (1997), correm o risco de tornarem-se mais solidárias e mais humanas.
Diante dessas considerações, Rosadas (1994) afirma que ao olhar as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, precisamos perceber suas capacidades, possibilidades e potencialidades, e não as suas limitações nem suas desvantagens. Devemos assegurar os seus direitos de igualdade de ser social e o direito de melhorar sua qualidade de vida através da atividade física.
Elia (2000, apud Gorgatti e Costa, 2005) afirma que, deve ser promovida a maximização do potencial de cada indivíduo, sendo que as atividades físicas são um desafio aos seus participantes e, além do mais, que a diferença tem seu valor.
Sobre o assunto, Hughson e Weisiger (1987, apud Castro, 2005), focalizam o tema dizendo que: lidar com essas diferenças constitui grande desafio nas relações interpessoais. Sobre a maximização do potencial individual, é importante focalizar o desenvolvimento das habilidades, selecionando atividades apropriadas, providenciando um ambiente favorável a aprendizagem encorajando a auto-estima e auto-superação.
De acordo com Gorgatti e Costa (2005), ser diferente não é ser melhor ou pior, a diferença simplesmente é. Esta conscientização é um passo muito importante para a inclusão, principalmente para a inclusão na Educação Física.
Enfim, a estratégia da inclusão, para Duarte e Lima (2003, p. 95), "deve passar pela queda de um muro: o do preconceito, que mutila e debilita qualquer processo de crescimento".

5. Metodologia

Realizamos uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo, utilizando como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, que se apresenta como a mais apropriada ao que nos propusemos.
As entrevistas foram gravadas diretamente, o que permitiu, conforme Ludke e André (1986, p. 37), "registrar todas as expressões orais, imediatamente, deixando o entrevistador livre para prestar toda a sua atenção ao entrevistado". Através dela, procuramos verificar os conteúdos aplicados pelos professores de Educação Física desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, as metodologias utilizadas por eles, os espaços físicos das aulas e as formas de avaliação que esses professores utilizavam.
Para a escolha da amostra desta pesquisa, partimos do pressuposto que, segundo Deslandes (2000), a pesquisa qualitativa não se baseia no critério numérico para garantir sua representatividade, a amostragem boa é aquela que possibilita abranger a totalidade do problema investigado em suas múltiplas dimensões.
Portanto, a amostra deste estudo é uma pessoa do sexo feminino, nascida no dia 02 de novembro de 1982, com má formação congênita de membros superiores e amputação congênita (dismelia) de membros inferiores. Cauane (nome fictício) devido aos problemas físicos que apresenta, enfrentou no percurso de sua vida, e no caso específico desta pesquisa, nas aulas de Educação Física, vivências inclusivas e exclusivas, que foram relatadas através da entrevista semi-estruturada e que serão enfatizadas no decorrer deste estudo.
Portanto, através deste trabalho, estar-se-á buscando responder à seguinte questão de pesquisa: Como se dá o processo de inclusão/exclusão, em aulas de Educação Física Escolar, a partir da perspectiva de pessoas portadoras de deficiência?

6. Resultados

Neste item, apresentaremos os resultados coletados na entrevista semi-estruturada, na qual Cauane relata sua vivência nas aulas de Educação Física desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, enfatizando a experiência da inclusão e da exclusão.
Iniciamos com o quadro 1, que nos mostra a realidade das aulas de Educação Física na Educação Infantil em seu contexto de conteúdos, metodologia, espaço e avaliação.
Quadro 1 - Resultados obtidos na entrevista semi-estruturada sobre as categorias (conteúdo, metodologia, espaço e avaliação) da Educação Física na Educação Infantil.
CONTEÚDO: As atividades desenvolvidas pela professora nas aulas de Educação Física da Educação Infantil eram: ovo-choco, amarelinha, brinquedos cantados, o gato e o rato, pegador, atividades no balanço, no escorregador, na rodinha, no túnel e na caixa de areia.
METODOLOGIA: Mesmo com a limitação nas atividades passadas para a turma, a professora se utilizava do método desenvolvimentista.
ESPAÇO: As aulas de Educação Física da Educação Infantil eram ministradas na praça do município, localizada em frente da Educação Infantil de Colores e no pátio da escola. Em ocasião de chuva, as aulas eram realizadas em sala de aula.
AVALIAÇÃO: As avaliações eram realizadas de acordo com o desenvolvimento motor, onde era observado se os alunos estavam dentro do padrão de normalidade.
Segundo Cauane, a professora da Educação Infantil que era a mesma que ministrava as aulas de Educação Física, não tinha formação na área. Quanto aos conteúdos ministrados por ela, percebemos no quadro 1 que os mesmos estão aquém do exposto pelos Referenciais Curriculares Nacionais (1998).
Segundo a referência supramencionada, cada aspecto está naturalmente interligado a outro. Visa dar uma seqüência lógica aos conteúdos ministrados na Educação Física, tentando abranger todos os aspectos de forma progressiva. A criança que não dispuser de certo domínio da consciência corporal terá dificuldade em tratar com os materiais e o meio ambiente, bem como encontrará problemas de adaptação ao trabalho coletivo. Por isso, a Educação Física deverá começar com atividades individuais utilizando-se principalmente dos exercícios de esquema corporal, de movimento (andar, correr, saltar), de ritmo e de conhecimentos dos segmentos corporais. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, l997).

Cauane enfatiza que não participava das aulas de Educação Física, ficando sempre a olhar os colegas brincarem. Ela era sozinha, ninguém brincava com ela, os colegas queriam correr, mas ela não conseguia. O seguinte relato nos chamou a atenção: "Lembro-me que tinha poucos amigos. Percebia que meus colegas não queriam perder tempo em me ajudar e preferiam se divertir com os outros. Eu queria correr, brincar, mas na época, minha prótese me machucava por ser apertada demais, quando não estava quebrada".
De acordo com Cauane, a professora demonstrava não se importar pelo fato da menina não se envolver e participar das atividades. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (1997), é possível integrar a criança portadora de deficiência ao grupo, respeitando as suas limitações, e, ao mesmo tempo, dar oportunidade para que desenvolva suas potencialidades. Fato este que não acontecia com a menina.
Esse caso mostra a exclusão sofrida pela aluna e as dificuldades encontradas em relação ao material específico para a deambulação (prótese).
Ainda, relata que a discriminação a acompanhou desde a Educação Infantil, onde foi alvo de gozações. Recebia apelidos como: perna-de-pau, mãozinha de boneca, aleijada, e outros, e a professora, em relação ao fato citado, sempre corrigia os colegas, falando e ensinando que não era assim que deveriam tratá-la. Os PCNs (1997) enfatizam que a aula de Educação Física pode e deve favorecer a construção de atitudes dignas de solidariedade, respeito e aceitação sem preconceitos.

O quadro 2, nos mostra a realidade das aulas de Educação Física no Ensino Fundamental (1a a 4a série) em seu contexto de conteúdos, metodologia, espaço e avaliação.
Quadro 2 - Resultados obtidos na entrevista semi-estruturada sobre as categorias (conteúdo, metodologia, espaço e avaliação) da Educação Física no Ensino Fundamental.

CONTEÚDO: As atividades desenvolvidas pelos professores nas aulas de Educação Física do ensino fundamental eram: ovo-choco, amarelinha, brinquedos cantados, pular corda, o gato e o rato, pegador, caçador, futebol para os meninos e vôlei para as meninas. Nos dias de chuva, as atividades realizadas eram os jogos de mesa como: dominó, dama, xadrez, bingo, entre outros.

METODOLOGIA: Mesmo com a limitação nas atividades passadas para a turma, a professora se utilizava do método desenvolvimentista.

ESPAÇO: As aulas de Educação Física do ensino fundamental eram ministradas na rua ao lado da Escola Municipal São João Batista de La Salle. Em ocasião de chuva, as aulas eram realizadas em sala de aula.

AVALIAÇÃO: As avaliações eram feitas conforme a participação e a presença.
Cauane conta que da Educação Infantil para o Ensino Fundamental (1a a 4a série) foi outra fase de muito sofrimento, e se não fosse pela sua vontade de estudar, pelo incentivo dos seus pais (que sempre a trataram normalmente) e professores (alguns deles) ela não teria conseguido passar desta "fase".

No Ensino Fundamental (1a a 4a série), suas aulas de Educação Física eram ministradas, também, por um professor não formado. A prática era feita uma vez por semana na rua ao lado da escola (não havia quadra esportiva). Juntavam-se as turmas e as atividades propostas eram sempre as mesmas.
Como não podia "deixar de ser diferente", fala Cauane, seus colegas não a aceitavam nas competitivas brincadeiras; as professoras não a incentivavam nem oportunizavam a prática à ela, e não restava outra alternativa senão o meio-fio, onde ficava sentada olhando e sonhando com tudo aquilo que ela adoraria estar fazendo.
Esse episódio comprova que a lei não estava sendo cumprida. Carvalho (2000), fala sobre a nova Lei de Diretrizes e Base e a Educação Especial, e deixa claro que é direito das pessoas portadoras de deficiência a integração nas classes comuns em todas as disciplinas.
Por conta desses problemas, a cada ano que se passava, foi se tornando uma pessoa insistente e perseverante.
Buscou superar e adaptar a sua vida e a dos seus colegas e pouco a pouco começou a praticar atividades. Conseqüentemente, melhorou o seu andar com as próteses, as suas amizades, a sua inclusão e principalmente o seu bem-estar. Nesse meio período de 1ª á 4ª série, foi convidada para freqüentar a APAE (associação de pais e amigos dos excepcionais), que não era o seu caso, mas mesmo assim aceitou. Lá, Cauane pode perceber o que é sentir-se bem, sentir-se igual e ser atendida de forma especializada, onde há oportunidade para todos.
Na APAE, começou a participar do grupo de dança (o que adora fazer), a apresentar e a competir em eventos locais e regionais. Ganharam vários prêmios em apresentações e competições e sentia-se imensamente feliz e realizada.
Foi então, através de incentivo e apoio que a sua vida começou a mudar para melhor, mas "que infelizmente durou pouco", diz Cauane. Ela estudava de manhã no ensino regular e a tarde na APAE.
Em casa e na escola, ela era uma menina de falar e de rir pouco. Muitas vezes pensou em parar de estudar, mas seus pais nunca permitiram que ela desistisse. Nas matérias como matemática, português, ciências entre outras, suas notas eram razoáveis. As aulas de Educação Física ela não praticava, não tinha teoria, muitas aulas ela ia embora, pois o professor deixava. Para Rosadas (1994, p. 6), a prática da Educação Física é "um direito de todos, e seus programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos da sociedade". Concordamos com a citação de Rosadas, porque as pessoas portadoras de deficiência, através da Educação Física, conseguem reabilitar-se, desenvolver-se, aceitar-se e incluir-se no meio em que vivem. Diante disso, a aceitação dessas pessoas pela sociedade, acaba sendo uma conseqüência.

O quadro 3, nos mostra a realidade das aulas de Educação Física no Ensino Fundamental (5a a 8a série) em seu contexto de conteúdos, metodologia, espaço e avaliação.

Quadro 3 - Resultados obtidos na entrevista semi-estruturada sobre as categorias (conteúdo, metodologia, espaço e avaliação) da Educação Física no Ensino Fundamental (5a a 8a série).

CONTEÚDO: As atividades desenvolvidas pelo professor nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental (5a a 8a série) eram bimestrais. Em cada bimestre era aplicado uma modalidade esportiva (teoria e prática), sua história, suas regras e a prática.

METODOLOGIA: O professor utilizava o método tradicional ou militarista, ministrando suas aulas como se estivesse em um exército.

ESPAÇO: As aulas de Educação Física do Ensino Fundamental (5a a 8a série) eram ministradas na quadra poliesportiva da Prefeitura Municipal de Verê - PR e na quadra poliesportiva do Colégio Estadual Arnaldo Busato. Em ocasião de chuva, as aulas eram realizadas em sala de aula.

AVALIAÇÃO: As avaliações eram feitas na teoria e na prática, sendo que na prática, eram valorizados os movimentos perfeitos.
De quinta à oitava série, conta Cauane, o professor realizava suas aulas de forma que jogava quem quisesse. Dava o aquecimento como se fosse em um exército, com exercícios puxados, muita corrida e o restante da aula era jogo.
A forma de avaliação era prática na qual ela tinha que praticar igualmente e era avaliada como os colegas (quem acertava o arremesso no handebol, o saque no volêi e o maior número de chutes ao gol). Cauane recorda-se que ele nunca adaptou suas aulas aos seus problemas, que ela nunca era escolhida para fazer parte dos times e que ele quase sempre a pedia para sentar.
Ela tinha muita vontade de jogar, as vezes quando faltava meninas para formar time elas a chamavam, mas para fazer volume porque pegar a bola na mão era muito difícil.
Mas, foi nestas poucas aulas que pegou gosto pelo handebol e como tinha escolinha na sua cidade entrou para treinar com suas "amigas", todo sábado de manhã. Na escolinha pode vivenciar melhor a prática do esporte, não muito, mas com mais freqüência. Ela era sempre reserva e quando tinha torneio nunca foi convidada para ir junto nem para ficar sentada olhando as meninas jogar. Freqüentou os treinos por mais ou menos 6 a 7 meses e não foi mais, pois o professor pediu para ela não ir, pois ele ia começar a treinar somente o time titular.
Com esta decepção, nem na escola jogou mais. Colocou na cabeça uma nova idéia: ensaiar dança gaúcha no CTG (Centro de Tradições Gaúchas), "por que tudo que era de grande dificuldade eu queria fazer", conta Cauane.
Entrou no grupo de dança do CTG e dançou por volta de 6 meses, ensaiando 1 vez por semana. Foi com o grupo à vários lugares, nunca dançou nas apresentações porque exigia passos perfeitos e como não conseguia usar sapatilha e não tinha boa coordenação motora, ela apenas ia junto para ver as apresentações. No CTG, aprendeu a dançar e sentir-se "gente".
Suas histórias de vida sempre foram assim, com altos e baixos. Sempre buscou se superar, procurando ir por caminhos de dificuldade. As vezes tinha uma mão amiga que a ajudava e incentivava, já outras que encontrou não a incentivavam e nem a ajudavam e que contribuíram pouco na sua vida de criança e adolescente. Cauane não as culpa, mas diz que "poderiam ter ajudado a minha história ser diferente".
Muitas vezes, no decorrer desta trajetória, chamaram a sua atenção alegando preguiça e desinteresse em praticar os exercícios propostos. Mas ninguém a perguntava sobre o porquê do seu desinteresse e porquê ela não praticava. A sua participação era freqüente, mas quando via que os exercícios eram de grande dificuldade e que não poderia realizá-los, quando sentia dores nas pernas devido a prótese que a machuca repetidamente por ser de material sem nenhum conforto e nenhuma proteção, ela se sentava.
Até que no Ensino Médio o quadro passou a ser diferente (ver quadro abaixo).

Quadro 4 - Resultados obtidos na entrevista semi-estruturada sobre as categorias (conteúdo, metodologia, espaço e avaliação) da Educação Física no Ensino Médio.

CONTEÚDO: As atividades desenvolvidas pela professora nas aulas de Educação Física do Ensino Médio eram as modalidades esportivas incluindo a dança.

METODOLOGIA: A professora seguia a linha metodológica desenvolvimentista, visando sempre o conhecimento, a aprendizagem e o desenvolvimento de aluno. Enfatizava a inclusão e a socialização das pessoas portadoras de deficiência.

ESPAÇO: As aulas de Educação Física do Ensino Médio eram ministradas na quadra poliesportiva da Prefeitura Municipal de Verê - PR, na quadra poliesportiva do Colégio Estadual Arnaldo Busato. E as aulas de dança eram realizadas na sala de aula. Em ocasião de chuva, as aulas eram realizadas em sala de aula.

AVALIAÇÃO: As avaliações eram feitas conforme a participação, a presença e através de provas e trabalhos teóricos.
No Ensino Médio, recorda-se com muito carinho de uma pessoa que sempre a tratou como uma pessoa "normal": sua professora de Educação Física, que sempre a fazia praticar suas aulas, tanto de dança, quanto de aeróbica, e esportes. Havia três pessoas portadoras de deficiência na sala de aula, contando com ela, cita Cauane (um menino que usava cadeira de rodas devido a um acidente e uma menina com paralisia cerebral que conseguia andar com um pouco de dificuldade), e quem não fazia a prática tinha que fazer trabalhos para entregar no final da aula.
Suas aulas eram três vezes por semana sendo que uma aula era teórica e duas aulas eram práticas. Em suas aulas práticas sempre incluía os três de forma que os colegas ajudavam o menino cadeirante e ele participava. Ela e a outra colega eram proibidas de ficar sentadas, se não estivessem bem, tínham que ir até a biblioteca, fazer trabalhos sobre a Educação Física e entregar no final da aula valendo nota. Era uma maneira de chamá-las para a prática do esporte sem exclusão. As aulas não eram adaptadas mas eles praticavam sempre, e os demais começaram a aceitá-los igualmente, sempre os chamando para participar das aulas.
As atitudes citadas acima, vem ao encontro do que mostra os PCNs (1997): solidariedade, respeito, participação, integração e inclusão nas aulas de Educação Física. Acreditamos que os professores dessa disciplina precisam ser mediadores e facilitadores deste processo.
Já no último ano do Ensino Médio, tiveram um novo professor, que não adotou o mesmo sistema da referida professora, mas as notas eram dadas conforme o desenvolvimento e aprendizagem do aluno. Suas aulas eram teóricas e práticas, com provas avaliativas e notas por participação na prática. Suas aulas não eram adaptadas e fazia aula quem queria. Os dois colegas de Cauane, portadores de deficiência, nunca participavam, mas ela, como sempre se interessou pelo esporte, participava de todas as aulas.
Foi assim que mudou a história da sua vida e por ironia do destino, se formou em Educação Física. Cauane se perguntou várias vezes, se este era o curso que ela queria, mas hoje vê que tudo o que passou na vida fez com que ela amadurecesse. A Educação Física é um curso que a proporcionou idéias novas que irão ajudá-la futuramente, no sentido do que pode ser feito para mudar a história da exclusão e incluir pessoas como ela.
"A exclusão está presente em todo lugar fazendo as pessoas portadoras de deficiência passar por situações constrangedoras e até mesmo fazendo elas se sentirem a pior coisa do mundo, por que não há dor maior do que a rejeição, o abandono. E eu quero mudar isso!". Finaliza Cauane.

7. Considerações finais

Desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, Cauane sentiu o preconceito e a exclusão, pois, de modo geral, ela era excluída das aulas de Educação Física por causa dos seus problemas físicos. Mas, também teve várias vivências de inclusão, principalmente nas aulas do Ensino Médio, em virtude das atitudes da sua professora.
Através desta pesquisa, pudemos perceber que o processo de exclusão nas aulas de Educação Física pode estar nos conteúdos ministrados, na metodologia utilizada pelo professor, nos espaços físicos e no processo avaliativo.
Em relação aos conteúdos, acreditamos que o professor deve selecioná-los de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 47), que são: "esportes, jogos, lutas, ginástica, atividades rítmicas e expressivas e conhecimento sobre o corpo", devendo seguir o que enfatiza o mesmo: proporcionar uma aprendizagem que mobilize aspectos afetivos, sociais e éticos; proporcionar que todos sejam capazes de participar de atividades corporais; respeitar o próximo; possibilitar a integração e a inclusão; repudiar a violência; adotar hábitos saudáveis e ter espírito crítico em relação à imposição de padrões de saúde, beleza e estética.
Quanto à metodologia, o professor deve optar por uma que não exclua os alunos. Nesta pesquisa, percebemos que a metodologia tradicionalista/militarista não foi a adequada para trabalhar com turmas onde existem alunos portadores de deficiência, pois os mesmos não "conseguem" executar movimentos "perfeitos", o desempenho motor e a aptidão física podem se diferenciar muito dos apresentados pelos alunos ditos "normais". Dessa forma, ocorre a seleção dos melhores, deixando os menos aptos, segundo Rosadas (1994), com sentimentos de frustração e inferioridade.
Em relação ao espaço físico das aulas de Educação Física, pudemos verificar que nem sempre os espaços eram adequados. Sabemos que os mesmos devem permitir livre acesso e segurança aos alunos, além de serem específicos como: quadras poliesportivas, ginásios, parques, pátio, campo, entre outros. Acreditamos que a rua é inadequada e oferece risco aos participantes.
Sobre o item avaliação, nem todos os professores que trabalharam com Cauane a avaliaram. Neste caso, "a avaliação não pode ser aquela padronizada que espera o mesmo resultado de todos" (PCNs, p. 55), o professor deve considerar que cada aluno é diferente, que tem motivações e possibilidades pessoais.
Enfim, para responder a questão norteadora deste estudo: "como se dá o processo de inclusão/exclusão em aulas de Educação Física Escolar, a partir da perspectiva de pessoas portadoras de deficiência?", chegamos a conclusão que Cauane (sujeito desta pesquisa) foi excluída, a maioria das vezes, das aulas de Educação Física, devido a falta de adaptação dos conteúdos ministrados pelos professores; por causa das metodologias escolhidas pelos professores e por causa do espaço onde eram realizadas as aulas. Também notamos, através do relato de Cauane, falta de incentivo e vontade dos professores em incluir e integrar a garota, talvez por desconhecimento, receio, medo ou até mesmo preconceito.
Não podemos deixar de comentar sobre a inclusão nas aulas de Educação Física, na qual percebemos que a vontade do aluno somado aos esforços dos professores e a aceitação dos colegas, como aconteceu algumas vezes nesse processo, são de extrema importância para que este fenômeno seja efetivado com sucesso.
Assim, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 41), a aula de Educação Física pode "favorecer a construção de uma atitude digna e de respeito próprio por parte do deficiente e a convivência com ele pode possibilitar a construção de atitudes de solidariedade, de respeito, de aceitação, sem preconceitos".
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Notas
* Graduada em Educação Física pela Faculdade de Pato Branco - PR/ FADEP.
** Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.



Fonte: http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo60.html

Um comentário:

  1. Promover atividades desafiadoras que potencializem as habilidades e competências do aluno é papel do professor, pois nas atividades de educação física pode ter integração do aluno com NEE, se o professor contempla em seu planejamento a cooperação, inclusão e respeito entre oa ditos "normais" e o aluno poratdor de NEE, se houver acolhimento e compreensão do professor, adaptando suas aulas para que aluno com NEE, possa interagir com seus demais colegas,para que ocorra de fato a inclusão como mostra a pesquisa acima.

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