sábado, 6 de junho de 2009

SEPARAÇÃO DOS PAIS

A criança tem um primeiro contato com as relações sociais, com sua família e é com estas primeiras vivências que irão se configurar suas próximas ações sociais e de suas características de personalidade no meio que circula . È fundamental que a família exerça um papel para construção de vínculos sociais, mas não é saudável para a criança conviver em meio a brigas conjugais.

As brigas entre o casal fazem com que a criança viva em lugar tenso e até mesmo agressivo, o que é extremamente prejudicial para seu desenvolvimento psíquico, mais ainda do que a ruptura do núcleo familiar. Se esse é desfeito por uma separação ou um divórcio, a criança passa a vivê-lo de forma traumática que dificulta suas atividades escolares, e é por isso que surgem as dificuldades de aprendizagem, que por sua vez, distorcem o desenvolvimento normal da personalidade (GONZÁLES,2007,p. 181).

Não é fácil para a criança lidar com tantas emoções ao mesmo tempo, deixando a mesma confusa e sem saber como lidar com a separação de seus pais, pois os mesmos são sua referência, na qual se identifica e possui laços fortes sendo sua base para se relacionar com os outros.

A família é a primeira unidade socializada. Tudo o que a criança possui depende dela, nela aprende as normas que guiarão suas relações afetivas. Se o núcleo familiar se quebra também a estabilidade emocional necessária para um desenvolvimento normal, e começam os desajustes da personalidade (GONZÁLES,2007, p. 181).


Para a criança lidar com a separação dos pais, é algo extremamente conflitante, pois a criança sofre e se angustia ao ver sua estrutura familiar se acabando.
Na escola a criança se isola, altera seu comportamento bem como seu desempenho na mesma. A criança em fase escolar acaba vivenciando todo e qualquer conflito na família, fazendo com que a mesma tenha uma experiência semelhante ao processo de perda e luto, principalmente com filhos menores. A figura dos pais é importante para o desenvolvimento afetivo e emocional da criança e viver num ambiente de brigas e com hostilidade, muitas vezes geram problemas emocionais e sociais para a criança nos ambientes em que a mesma convive, como a escola.

Os pais devem lembrar que os filhos realizam a aprendizagem com eles e depois ampliam em suas relações com outras pessoas. E da educação familiar no aspecto afetivo que depende seu comportamento posterior : a criança que cresceu em um ambiente conflituoso e sem carinho posteriormente depois tende a rejeitar a sociedade e tudo que ela representa (GONZÁLES,2007, p.178) .

Os traços emocionais mais freqüentes neste período de vida da criança que apresenta transtorno emocional pela separação conjugal dos pais são em sua maioria a tristeza, solidão, dificuldade de concentração, depressão, desmotivação para cumprir suas tarefas escolares e agressividade com os colegas e faltas em excesso na escola.

A ruptura do núcleo familiar ( separação, divórcio, etc.), a carência afetiva, o abandono, a falta de atenção, as características culturais da família,assim como a situação econômica, entre outros fatores, são algumas das possíveis causas que provocam esse transtornos ( GONZÁLES,2007, p.180)

Na escola muitas vezes a criança busca refúgio nos problemas familiares, tendo um apoio dos seus professores, mas nem sempre procura falar sobre suas inquietações no que irá dificultar seu aprendizado e convívio escolar.

Além de construir o autoconceito e auto-estima, a escola contribui para desenvolver a capacidade intelectual da criança. Nessa etapa ela começa a receber avaliações de seus professores, de seus colegas e de seus pais, de acordo com suas disposições naturais e com seu rendimento. Essa avaliação influi em seu autoconceito e na forma de a perceber seu próprio processo de aprendizagem, podendo contribuir para melhorar ou dificultar esse rendimento
( GONZÁLES,2007, p. 176)


A escola deve compreender que o aluno passa por um período difícil emocionalmente, lidar com este aluno que pode ser considerado “ um problema em sala” é desafiar o professor a perceber de que forma intervir para ajudá-lo, encaminhando se for o caso a um apoio específico e psicológico.


As crianças buscam um pai e uma mãe ideais, mas a realidade é outra, e vem a decepção; então o professor pode transformar nesse ideal que não conseguiram encontrar. O professor deve compreender a situação e não rejeitar essa relação; deve saber agir e saber dizer, para que não haja confusão na criança em relação aos papéis que cada um representa; deve ser conselheiro, orientador, sempre contando com os pais e fazendo com que participem no processo educacional de seus filhos a fim de evitar trahos opostos e contraproducentes
( GONZÁLES,2007, p.176)

Quando o aluno sofre com transtornos emocionais em sala de aula o professor, pode ajudar os pais na tarefa de detectar o problema, para que o aluno consiga superá-lo. Os professores são os que mais observam o comportamento atípico do seu aluno, podendo ajudar os pais que podem não aceitar que seu filho tenha um transtorno devido a situação familiar.

Os pais podem não perceber, não aceitar problemas emocionais em seus filhos, o que retardaria a atenção ao problema. Quanto aos educadores muitas vezes são eles os primeiros a observar os sintomas iniciais de um problema psiquiátrico na infância e adolescência. (DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM) .

O professor deve cada vez mais estar atento, no comportamento do aluno, pois aquele aluno que á mais participativo e se isola, ou até mesmo o aluno que é mais quieto e demonstra um comportamento mais agitado e agressivo pode ser um sinal de que algo de errado ocorre com o mesmo dentro e fora da escola. Não é fácil para o professor tornar-se muitas vezes a mediação entre o sofrimento e a aprendizagem de um aluno com transtornos, pois o mesmo pode também se tornar uma referência afetiva para o aluno que necessita de ajuda em suas aprendizagens e nas relações de afeto.

Além de construir o autoconceito e a auto-estima, a escola contribui para desenvolver a capacidade intelectual da criança. Nessa etapa ela começa a receber avaliações de seus professores, de seus colegas e de seus pais, de acordo com suas disposições naturais e com seu rendimento. Essa avaliação influi em seu autoconceito e na forma de perceber seu próprio processo de aprendizagem, podendo contribuir para melhorar ou dificultar esse rendimento( GONZÁLES,2007,p.176).



A escola cada vez mais procura ajudar os alunos em sala que sofrem transtornos, pois estes prejudicam e interferem em todo seus desempenho acadêmico e social. Não basta olhar e observar este aluno, mas também favorecer ao mesmo condições pedagógicas e afetivas para que o mesmo consiga elaborar de maneira satisfatória essas e emoções e adaptar-se as mesmas saudavelmente.

Quando o casal se separa , as crianças vivem em um estado de irritação e de a culpa que provoca desorientação e angústia; nessas condições não pode realizar o processo de aprendizagem de forma adequada, passando , às vezes, de um aluno com rendimento satisfatório ao fracasso escolar ( GONZÁLES,2007, p.195)

Orientar o aluno neste momento de conflitos emocionais sem dúvida faz parte de uma boa intervenção escolar , pois com ações como essas o mesmo facilitará sua superação para que de fato o aluno avance em suas aprendizagens sem , enquanto aprende a lidar também com suas angústias.



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